Costumo dizer que o tempo em que mais tive minha fé provada foi quando cursei Ciências Sociais no Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará. Todavia, com a força do Espírito Santo, pude manter minha fé sólida diante daquele universo no qual era marcante o menosprezo aos valores do Evangelho e à Igreja Católica. Esse período turbulento já passou, mas, a cada dia me deparo com forças que tentam violentamente tirar-me do verdadeiro foco: JESUS. Diante disso, sinto-me, como dizem popularmente, remando contra a maré por insistir em firmar meus pés na estrada de Cristo. Neste percurso, transito por dois pólos: sou conservador e revolucionário.
Há alguns dias me fiz uma pergunta própria daqueles que já estiveram em uma universidade: o que eu havia feito de revolucionário durante a faculdade? Eu nunca tinha participado de movimento estudantil, nem de algumas festinhas freqüentadas pelos meus colegas, e, muito menos aceitado o famoso “baseado,” fumado constantemente no CH. Foi então que refleti o quanto havia sido revolucionário quando assumi e conservei minha condição de cristão em um ambiente onde ser cristão, católico praticante e ainda, carismático era motivo de chacota e estar submetido a questionamentos diversos, tais como: “o que tu tá fazendo nesse curso”?
Para fortalecer-me na batalha Deus me deu a oportunidade de conhecer na faculdade o Ministério Universidades Renovadas, graças a isso ajudei a alguns estudantes manterem semanalmente, dentro do Centro de Humanidades da UECE um grupo de oração universitário (GOU) da renovação carismática. Confesso que não vi dentro daquela instituição de ensino acontecimento mais revolucionário do que este, que esteve relacionado a outras ações evangelizadoras (missa e procissão do Santíssimo dentro do prédio, por exemplo). Como disse Jesus: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra: e como gostaria que já estivesse aceso!” (Lc 12, 49).
Ser conservador ou revolucionário são duas opções que podemos escolher dependendo de cada situação vivida por nós. O fundamental é que essas atitudes sejam guiadas pelo Evangelho de Jesus, este homem que conservou sua fé diante de todas as mudanças culturais e dominações políticas de sua época propondo ao mundo a mais profunda forma de transformação social e espiritual até hoje conhecida.
Autor: José Cristovam Aragão de Araújo Neto (Comunidade Católica Nova Unção/Ministério Universidades Renovadas - CE).
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