FÉ EM PRÁTICA: UMA SUGESTÃO DE COMBATE À VIOLÊNCIA

Atualmente, a temática da violência ocupa um grande espaço no conteúdo das conversas em nossa sociedade. Vale ressaltar que o conceito de violência pode variar de acordo com cada cultura e apesar de existirem outras formas de violência, a física é a mais comentada. Diversas são as causas que levam o ser humano a praticar um ato violento.
Uma delas pode ocorrer em virtude da má distribuição de renda. Ora, vivemos em uma chamada sociedade de consumo, na qual somos bombardeados por um forte aparato publicitário que nos impulsiona a comprarmos cada vez mais, contudo, nem sempre dispomos de dinheiro suficiente para adquirir o que desejamos. A reação à essa falta de dinheiro em algumas pessoas traduz-se em atitudes violentas tais como, furtos, assaltos e latrocínios.
Outra das inúmeras causas da violência deve-se à intolerância ao outro. Vimos, por exemplo, veiculadas pela mídia, notícias de jovens denominados emos sendo agredidos por um grupo de skin reds, e ainda, percebemos em nosso cotidiano atitudes racistas e de outras naturezas discriminatórias. Absurdos frutos da não aceitação das diferenças expressas em outras pessoas.
Diante desse cenário o que fazer? Podemos mudar essa situação? Enxergo em algumas religiões, e de maneira especial, na Católica, um importante instrumento no combate à violência, pois no geral, atos violentos são precedidos de idéias violentas. Portanto, idéias são combatidas com idéias. A diminuição da propagação de valores violentos se dará, de certa forma, com medidas educativas que disseminem valores não violentos. No entanto, muitas pessoas não aceitam esta sugestão e menosprezam o pensamento religioso. Também, salientamos que muito praticantes de alguma religião não buscam viver seus ensinamentos. Como exemplo disso, imaginemos: como seria o mundo se todos que se dizem cristãos se esforçassem verdadeiramente para seguir os ensinamentos de Jesus?
Enfim, a proposta que defendo para combater a violência e muitos outros problemas da humanidade, permeia o tão criticado e ridicularizado imaginário religioso, mais especificamente o do Cristianismo, e foi elaborada pelo Nosso Senhor Jesus: “Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas.” (Mt 7,12).

Autor: José Cristovam Aragão de Araújo Neto (Comunidade Católica Nova Unção/
Ministério Universidades Renovadas)